Censurado

Olá

Começou hoje o trabalho. Mandei 5 cartas para 5 pessoas aleatórias em Salvador, todas mulheres.

Deixei 38 cartas na Sala do Coro do TCA nas cadeiras para as pessoas que lá sentassem

Carimbei dinheiro, e aí que veio a carimbada ao pé da orelha:

- Fernando, não precisa carimbar o logo da Fundação Cultural não, depois te explico.

Essa fala veio da Érica, secretária da Diretoria de Dança da FUNCEB.

Ok Ok, agora é só meu carimbo com a frase, até achei bom por um lado, mas por outro, as analogias que buscava provocar colocando os logos não será feita (Estado enquanto validador de objetos artísticos através de prêmios, uso de dinheiro público etc.).

Quando mandei o projeto, deixei bastante explícito "Todos os materiais gerados para a intervenção que puderem ter o logo dos órgãos patrocinadores o terão". Como não comentaram comigo ao ser aprovado e pelo fato de ter assinado um contrato em que me comprometia a cumprir integralmente o trabalho, fiz tudo. Me incomodo um pouco com isso. Por que diabos a banca não avalia as ações presentes no trabalho se são legais (legal = direito) ou não.

Não nego que dei uma de esperto no edital e poderia ter dado um belo zigui na fundação mas não dei, pelo contrário, estou fazendo mais do que me propus a fazer pois acho importante pra mim e pro meu trabalho, me dá prazer.

Well well... o carimbinho com os logos ficará longe das notas, meu incomodo não é maior que meu desejo de ver meu prêmio logo na conta bancária. Posso soar capitalista, mas quem não é? Eu quero manter minha conta no positivo, não me importo de vender minha ideologia as vezes, depois compro ela pelo dobro do preço mas vale mais a pena, hehe