sexta-feira, 30 de abril de 2010

Contrapartida social

Olá

Gente, hoje realizei parte da minha contrapartida social na escola de dança da FUNCEB. Me desculpem por não postar aqui que teria. Confirmei a dois dias e esqueci completamente de avisar.

Pra quem não foi e quiser ir, haverá um repeteco na escola de dança da UFBA, na próxima terça feira, das 10 ás 12 hrs, na sala 9, acredito eu.

Foi massa o bate-papo. Começamos bem atrasadinhos, ás 12h30 (tava programado para as 12h). Mostrei dois vídeos. Um deles pode ser assistido aqui.



O outro ainda editarei para que possa ser visto pela web. Ele é muito longo para o youtube.

Falei sobre as ações, as minhas motivações e etc.. Falei pouco, era um bate-papo e as pessoas conversaram bastante entre si, sem ser aquela coisa chata de pergunta e resposta pra quem fez o trabalho. Tudo foi bem informal e haviam poucas pessoas, poucas pessoas mas pessoas interessadas, o que tornou o dia bastante rico pra mim pois ajudou a germinar outras questões que ele vai brotando. Infelizmente eu as vezes sinto que tenho que fazer um recorte pra poder agir de uma forma mais apropriada, ao menos mais apropriada em algumas ações.

Gostaria de dizer que quarta-feira é minha última ação DENTRO do quarta que dança. O blog continua enquanto houver movimento e sempre que eu fizer algo. Lógico que o fluxo caíra, afinal, gastei quase metade do meu cachê pra fazer a intervenção, e para continuá-la, terei que investir meu rico dinheirinho proveniente de minha prática. Massa ! Como disse, é um investimento, talvez veredas mais comerciais comecem a se abrir, hehe.

Acontecerá também dele ganhar novos formatos e outros tipos de discussão. Já tenho a concepção de uma ação híbrida entre instalação, performance, ready-mades intitulada "Troco notas de papel por obras de arte oficial e contemporânea". Para realizá-la, preciso de dinheiro público, senão ela perde o sentido (um dia explico ela melhor, é essas maluquisses de arte conceitual).

Matias Santiago levantou um ponto importante da cena de dança da Bahia. Boa parte das pessoas de dança da cidade possui um sub-título que parece alocá-la a determinado grupo (ou melhor, bolha) e qualquer tentativa de saída não é muito bem vista. Para exemplificar, Matias Santiago ex-grupo corpo, Fernando Lopes, escola de dança da UFBA, Fulano, de performance e tralalá. Estes subtitulos acabam criando pequenos grupos, o que deveria ser algo mais uno, afinal, não importa se eu quero correr nu ao vento ou se eu quero ficar 40 minutos encima da ponta ou negativar minha abertura, somos de dança e temos muita coisa em comum, uma delas é o dinheiro público.

Mas enfim, to cansado e com sono agora. Gostaria de agradecer á:

Matias Santiago e Rita Aquino pela predisposição e abertura que tiveram com minha proposta. Me senti super bem acolhido na escola de dança da Fundação.

Rebeca Dantas, Nath Delabianca, Evelyn Prudant J., Emili França, Márcio Maria Ahes Santos, Pakito Lázaro e Tatiana Campêlo pela presença e desejo de realizar o bate-papo. Muito obrigado mesmo.

Acho que é isso =]

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Ação hoje feita =DDD

Cheguei a pouco da Lapa. O dia foi cansativo mas foi massa.

Cheguei lá ás 17h00 e encontrei o camera-men e Érica, a secretária da fundação cultural na rampa de acesso que liga a Lapa ao shopping Piedade. Primeira coisa a fazer, registrar os papéis higiênicos, seria tudo filmado mesmo.

Entrego um pacote de papel higiênico personalizado para Érica para ela colocar no banheiro feminino, e entro no masculino com o câmera. Entrando, o lugar estava trash. Entrei numa das casinhas pra por o papel e não nem lugar pra por o papel. O pior de tudo é que era escuro. Ok Ok. Deixamos os papéis lá e partimos para o shopping Piedade fazer um registro no banheiro de lá.

Entramos os dois no banheiro masculino enquanto Erica ia depositar os papéis no banheiro feminino. Coloquei o papel lá dentro da casinha e o camera começou a montar a pequenina câmera profissional de ombro dentro da casinha com a porta aberta, enquanto eu esperava dentro do banheiro. Homens mijando e cagando e a demora de montar a câmera. Quem me via, acho que pensava que eu tava caçando homem dentro do banheiro, então deixei o camera-men sozinho com sua câmera e o papel higiênico personalizado. Sai e logo apareceu Érica. Depois de uns 3 minutos o câmera apareceu. Conseguiu registrar o papel, mas discutiu com um carinha metido a bandido que tava com uma diarréia do cão e tava louco pra usar a casinha ocupada pelo câmera, hehe.

Ok ok. Saímos os 3 e eu me coloco na minha função de panfleteiro enquanto o camera monta a camera pra captar uns 5 minutos da SUPER HIPER MEGA BLASTER ADVANCED PLUS ação de PANFLETAR ! Sim, para registro foram gravados 5 minutos de um doido de cabelos loiros e uma camisa fashion do projeto entregando panfletinhos. Okok. Material gravado, todo mundo feliz. Érica e o rapaz fazem uma horinha ali e vão embora, e lá fico eu, entregando os 2 mil panfletinhos =].

Ia entregando e as pessoas iam pegando como sempre fizeram com os panfleteiros de plano de saúde (eu já fui um deles em SP. O trabalho é escravo, hehe), mas, devido ao horário, só que panfletava ali. O rapaz e as moças que trabalhavam na lanchonete acharam estranho pra caramba mas curtiram a idéia. Conversei com eles e etc.. Resolvi assumir que era eu que fazia o trabalho e aproveitava essa ponte de conversa pra tentar provocar ainda mais as pessoas, ou ajudá-las a pensar. Foi assim com eles, o senhor que vendia cigarros e balas que ficou na minha frente (muito simpático por sinal, deixou até que eu colasse um adesivo na barraquinha dele). Engraçado foi ver ele e mais dois amigos discutindo e tentando "entender e compreender" o porque que eu estava fazendo aquilo. Outras pessoas pegavam, olhavam, faziam alguma pergunta rápida e tomavam seu rumo. Alguns se assustavam ao receber aquele panfleto. Tiveram duas pessoas(que eu percebi) que até voltaram de onde estavam pra conversar comigo. Falavam que não haviam entendido bem aquilo e que estavam pensando milhares de coisas mas não conseguiam organizar tudo aquilo porque não sabiam qual era a finalidade daquilo.

Enfim. Acabei de entregar tudo ás 19h40. Entreguei alguns adesivos pro senhor da barraquinha de balas e pra algumas crianças que brincavam ali perto e vim pra casa.

Ahh, é vou sentir e ver a cara do povão as vezes, hehe

[UPDATING...]

Este é o panfleto entregue:


Hoje percebo que o resultado final não me agradou. Queria algo mais didático e leve, mas já foi. Fazendo esse trabalho tenho acertos grandes e outros bem duvidosos, hehe

Ação de hoje confirmada =DDDDDDD

Olá !

O dia está lindo. O sol está brilhando e daqui a pouco, por volta das 17h30 estarei eu na estação da Lapa e nas imediações distribuindo meus panfletos e deixando rolos de papel higiênico nos banheiros da estação

É isso =]

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Ação de hoje cancelado =[

Olá

Devido a chuva de hoje irei cancelar a minha ação de hoje. Por ser uma ação externa onde iria entregar camisetas à moradores de rua, com a chuva o trabalho fica quase impraticável de se fazer, pois os moradores de rua vão procurar algum lugar pra se proteger e teria que andar com um monte de camisetas nesse tempo, ou seja, no way

Abraços

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Sorry ! =[

Olá a todos

Gente, por desatenção reparei apenas hoje que as postagens anônimas estava desabilitadas. Se você antes tinha vergonha de postar pra não vincular seu nome, ou simplesmente passou aqui com o desejo de me mandar para a ponte que partiu de Lauro de Freitas, agora você pode fazê-lo sem eu saber quem você é, não é o máximo ? =]

Agora ninguém tem desculpa pra não postar u.u

E-mail anônimo

Segue abaixo um email recebido ontem (18/04). Sei quem é a pessoa, mas ela pediu que fosse anônimo, aliás, nem queria que eu publicasse, mas insisti e ela aceitou, portanto, segue abaixo o email e nos comentários uma resposta.

Caro Nando,

Como prometido, estou te enviando um e-mail porque sinto a necessidade de me manifestar sobre seu projeto. Não sei se você vai pôr esse e-mail no blog ou sei lá, mas eu queria apenas uma conversa informal. Antes de qualquer coisa, quero refletir sobre sua famosa pergunta: "isso pode não ser dança?". Acho que para negar o fato de "qualquer" coisa (palavra “isso”) não ser dança, significa que em algum momento convencionamos que "tudo" é dança e eu discordo totalmente. Com a contemporaneidade, acredito que abrimos mais espaço para certas expressões que antes eram exclusas do reconhecimento enquanto arte/dança. Concordo que a arte contemporânea tem o poder de englobar elementos que não tinham significado até então, mas acredito que querer significar tudo/qualquer coisa, não vale a pena.

A dança, por natureza, envolve movimento (ou não), ou o mínimo de consciência sobre o fazer. Para pensar que o que eu fiz hoje de manhã pode não ser dança, eu preciso concordar que a dança engloba/é todas as ações/gestos/pensamentos do meu cotidiano. É realmente engraçado pensar sobre isso tudo, e estou com medo de me contradizer.. Vou ser mais específico, acho que meu “andar na rua” pode ser dança se envolver algumas questões (como proposta, direção, platéia – não necessariamente a convenção estética teatral), mas se eu apenas caminhar sem nenhuma intenção não acho que posso chamar de dança. Eu sempre encontro sua pergunta na tampa do sanitário na Ufba, e volta e meia penso sobre. O ato de urinar também depende do contexto para se chamar de dança.

Acho a proposta super inteligente, mas eu inverteria a ordem das palavras (apesar de que muda um pouco o sentido e fica um tanto clichê): “O que você está fazendo é dança?”. Enfim, podemos discutir mais sobre isso, é só responder =)

Abraço,

XXXX"



REPLY

Olá =]


Amigo, nesses últimos dois dias tive experiências que me fizeram lembrar aspectos do cerne do meu trabalho e realmente queria muito ser sintético na minha fala, mas não conseguirei. [FATO !]

Uma das minhas experiência foi com um texto que já havia lido da Christine Greiner chamado "Arte na universidade para germinar questões e testar procedimentos". Infelizmente emprestei o texto, mas nele havia uma explicação do termo teoria, que nada mais é do que um modo de ver as coisas, ótimo, primeira experiência relatada.

A segunda foi durante uma aula, quando Fernando Passos durante uma conversa disse que identidade não existia, o que existia era a repetição de ações de hábitos. Nas minhas palavras ficaram "Identidade não existe, o que existe são repetição de atos que respaldam alguma imagem ou estereótipo". Um exemplo que ele citou é o fato de que não existem homossexuais (medo de estar pervertendo o exemplo) e sim atos homossexuais, ações que acabam vinculando um tipo de imagem, só que essa imagem não é fixa, ela é mutável e se encontra em constante mudança, por tanto, assim que você define o que é homossexual hoje, você corre um grande risco de ao terminar de escrever sua frase já ser ultrapassado, pra mim (agora do meu ponto de vista, ou melhor, da minha idiossincrasia enquanto artista) ocorre a mesmíssima coisa com dança.

Hoje, qualquer tentativa de se ousar definir o que é, não é, deixa de ser, pode ser e etc. é extremamente perigosa, ainda mais na universidade, ainda mais ainda mais com o advento das teorias dentro da universidade, pra você ver, vou citar um exemplo meu. Possuo um ensaio chamado "Escrever este ensaio pode não ter sido dança?". Nele coloquei um exemplo mas vou adaptar ao seu do andar.

Se você caminha, acredite, há uma intenção nisso e mais, há um trabalho técnico cognitivo que lembra muito o treinamento técnico de qualquer dança baseada em princípios mais de encadeamento de passos ou que existem um apuro técnico de certo tipo de movimento (traduzindo em miudos, balé, graham e cunnigham). O que é diferente é que desde bebê somos adequados a seguir este tipo de treinamento por uma questão de sobrevivência. Balé só fazemos depois de alguns anos de existência no planeta (uns 3 no mínimo). Ou seja, temos um primeiro ponto. Você teve um trabalho do cão pra poder fazer hoje uma atitude que boa parte da população faz, que é por um pé na frente do outro. Massa !

Outro ponto é o que acontece nos seus mapas cerebrais. Mapas cerebrais são maneiras que o cérebro tem de registrar determinadas atitudes humanas, como andar, comer, falar e outras coisas bem comuns. Ele estão se fazendo, se desfazendo e se associando o tempo todo. Agora mesmo, os mapas cerebrais que no decorrer da minha vida eram responsáveis pela coordenação motora fina da mãos, que com o passar dos tempos foi se desdobrando e criando um que me faz digitar no teclado que estou utilizando agora com uma velocidade boa e sem tem que olhar para ele para escrever estão em ação.

Quando eu ando num palco os mapas cerebrais utilizados são exatamente os mesmos que você usa pra andar na rua, ou seja, cognitivamente e aplicando um reducionismo interteórico um tanto perigoso, se o ato motor de andar é validado num palco enquanto dança, porque o meu ato de andar na rua não pode? E mais ! Por que meu ato de andar sozinho na minha casa no escuro não pode? Ou mais ! Se eu me mexo encima de um palco fazendo um adágio de balé é quase senso comum para nós ocidentais cosmopolitas que aquilo é dança, pois tem música, tem ritmo, tem figurino, tem técnica e etc, mas, se eu fizer isso numa sala de ensaio ainda é dança, ou melhor. Se eu fizer isso no meio do deserto do Saara e não contar pra ninguém, isso é dança? Pra mim é, pois arte em geral, focando na dança, é linguagem, comunica, cria símbolos é produtora de conhecimento. Se eu faço algo de dança no escuro do meu lar estou criando mapas corporais para a arte. Do meu ponto de vista, restringir dança á uma certa categoria ou condição (por exemplo, dizer que é necessário um trabalho para algo ser dança)acho extremamente perigoso, assim como dizer que tudo é dança. Nunca ninguém conseguiu me convencer de que algo não era dança usando termos. O mais comum é dizer que para ser dança é necessário haver um trabalho consciente para tal, porra, eu pra chegar nos 21 anos atuais vivo tive que trabalhar MUITO, e muitos do atos foram repletos de consciência, muitos também não foram, mas quem disse que todos os atos de dança do mundo são escolhas conscientes ?

Fiz uma defesa do cão do que eu penso e entendo, mas pra ser sincero, muito do que coloquei eu também não concordo, mas HOJE, na realidade não só acadêmica, mas nas artes conceituais, que a dança tem se apropriado cada vez mais fortemente (e isto é bem forte e visível em Salvador) o fato de eu criar uma argumentação teórica pode validar e desvalidar algo enquanto dança, e se um grupo comprar a idéia, então fudeu (no bom ou no mal sentido) pois isso pode até virar tendência em editais (cof cof).

Ótimo, expliquei a PRIMEIRA PARTE, que era enquanto uma defesa mais teórica punheta-acadêmica-de-artista-conceitual-com-encurtamento-no-joelho. Agora vamos pra uma segunda que é a que mais mexe comigo, apesar de ficar em segundo plano normalmente.

Lembra quando disse que não existem homossexuais, e sim atos homossexuais, pra mim, com a dança é a mesma coisa. A dança não existe, existem atos no mundo que validam o que é dança e o que não é, e estes atos estão em constante mudança e, cada vez mais, numa velocidade absurda ! O que me fez estar aqui hoje respondendo sua pergunta não foi o fato de EU estar validando isto enquanto um ato de dança ou extremamente relacionado a esta, e sim um grupo de pessoas que está respaldando minha ação. Três pessoas de renome na dança (Dulce Aquino, Leonardo Luz e Duto Santana) resolveram selecionar o meu projeto no meio de tantos projetos de INTERVENÇÃO URBANA DE DANÇA. Até aí beleza, mas outras pessoas estão comprando a idéia, ou melhor, compraram, pois aquele adesivo no vaso de dança fez 1 ano faz pouco dias.

Quanto a não existência da dança, foi uma coisa que pensei hoje e já to trazendo pra roda, hehe. Antes (e ainda penso) que a palavra DANÇA, com todos os significados/significantes que ela carrega não tem mais nenhum sentido de e existir. Ela é tão polissemica, tão contraditória e tão mutável e híbrida que não vejo mais lógica de usá-la, uso por vício de linguagem. E mudar a forma como entendemos uma palavra muda nossa forma de lidar/apreender n(o) mundo, afinal, agimos no mundo muito fortemente por palavras, e palavras criam corpos e destroem corpos, destroem danças e constroem danças. Doido esse lugar de autoridade da palavra né? Mais doido ainda é este lugar da academia de dança onde você é obrigado a defender um texto escrito e não algo mais dança. Apesar de alguns programas de mestrado e doutorado estarem permitindo trabalhos coreográficos (se eu for entrar pra discutir meu entendimento de coreografia, não saio daqui hoje, e preciso dormir) eles sempre estão acompanhados de teses e dissertações. Eu muitas vezes não concordo comigo mesmo ao definir que tudo é dança por esse local da academia. As lógicas de raciocínio utilizadas para escrever (dentro dos moldes acadêmicos) são muito diferentes das presentes hoje na dança. (Se formos analisar, a dança dentro da universidade está para o balé russo dentro do contexto do início século XX. Só existe uma forma de grande dança, o resto é resto)

Sinceramente, já larguei gás demais. Quando a escrita começa a ficar confusa devido a polissemia que as palavras vão ganhando é melhor respirar e tentar incorporar. Finalizando, cada um faz uma leitura deste "pode não ser" e "posso não ser" do trabalho. Escolhi eles ao invés do "é" ou "não é" por que seria simplista demais. Ex.: Se dança é balé, e andar não é balé, logo, andar não é dança. Colocando a negativa doida fica. Se dança pode não ser balé, e andar pode não ser balé, logo, andar pode ser dança. Meu intuito é provocar uma reflexão mínima possível, e esse "pode não ser" abre espaço para as possibilidades de dança e para a mutabilidade/polissemia da mesma, tentando furar possíveis defesas que a pessoa tem. Tentar fazê-la perceber o que existe ali (ontologia da coisa) e o como ela existe ali através dos conhecimentos que tenho (epistemologia da bagaça).

Chega, vou ficar doido x.x

P.S.: Acesse http://www.youtube.com/watch?v=dIWIPjRmRiw&feature=related pra ver um adágio de balé)

P.S.: Possuo um ensaio que faz tempo que não mexo chamado "escrever este ensaio pode não ter sido dança?". Se quiser ler, mande-me um email que envio. Não vou torná-lo público aqui por enquanto.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Relatório - 14/04

Olá

Hoje, pra variar, o dia foi uma correria só. Programação extra no projeto de pesquisa, luz de Verusya e tinha que buscar o novo adendo ao trabalho, os adesivos.

Foi tranquilíssimo. Os adesivos foram bem legais. Apesar da chuva teve uma plateiazinha e muita gente saiu catando alguns adesivos, até o pessoal da FUNCEB pra colar no local de trabalho, hehe. De resto, foi tudo normal. Panfletos e poucas cartas, em pontos bem particulares do espaço. Quem foi viu, quem não foi.... =]

terça-feira, 13 de abril de 2010

Problemas

Olá

Como todo trabalho, sempre surgem problemas no caminho. No meu não seria diferente, pois bem.

Não estou conseguindo selos de 1 centavo pra mandar as cartas, e porra, a incompetência dos correios tá foda.

Tem uma atendente que eu acho que joga minhas cartas no lixo, em Ondina.

No PAF 3 tem uma vadia mal educada que não vou mais lá, mas tem um cara que é muito gente fina.

Várias agências daqui da região não tem a máquina de franquear.

Aí azeda o pé do frango como meu amigo Xapu dizia.

Se alguém conseguir selinhos pra mim, me avise, hehe

Abraços

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Working....

Olá

Mandei fazer hoje os adesivos. Devia ter feito á um século atrás, mas estava esperando o orçamento de uma gráfica vinculada á FUNCEB e até hoje necas. Resultado: Os panfletos tão saindo meio que na hora e os adesivos não estão tão baratos quanto eu esperava, mas enfim, mandei fazê-los

Talvez tenha sido um tanto negligente, mas nos últimos tempos tem sido um tanto punk meu dia a dia. Trabalho, faculdade e Quarta que Dança. Três coisas que exigem demais de mim e que acabo fazendo de forma não tão competente quanto gostaria, mas beleza ! To fazendo, recebendo elogios, mesmo ninguém postando aqui, hehe

Abraços a todos

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Resumo do dia 7

Olá

Consegui falar ontem (dia 7) com o rapaz do jornal, o jornalista Eduardo Bastos do caderno 2 do A Tarde. Infelizmente ele não pode fazer nenhum tipo de intervenção. Irei entrar em contato com o setor de publicidade e marketing pra ver se eles podem dar um apoio (leia-se, descontinho amigo) num espaço publicitário para a publicação do anúncio, mas estou com pouquíssimas esperanças. Tem instituições privadas que são mais complicadas que públicas. Resumindo... a priori esta ação foi abortada e farei alguma outra para substituí-la.

Resultado: Minha ação de ontem se reduziu a fazer a mesma coisa que semana passada. Não vejo problema nisso, mas que fiquei um tanto brochado fiquei. A ação foram os panfletos nos programas e banheiro e as cartas nas cadeiras da sala do Coro

Ahhh, e VOCÊ LEITOR ! Comente ! Encontro um monte de gente na rua, na faculdade e em outros lugares que falam "Pô, massa o trabalho ! O Blog tá massa também !" mas não postam aqui. Se você gostou, comente. Se gostaria de publicar algo relacionado, compôs uma música, um épico sobre o trabalho ou escreveu algo num guardanapo, contacte-me, eu não mordo e este é também um espaço aberto para discussão, geração de conhecimento, trocas e etc.. Com a ação de vocês este espaço ficará ainda mais massa !

Se você não gostou, comente também. Não gostar e críticar pra mim é tão interessante (até mais) do que gostar.

É isso por hoje =]

terça-feira, 6 de abril de 2010

Fail =/

Olá

Como este é um blog pra mostrar boa parte do processo, vou colocar meu fail de hoje, aliás, um fail esperado

Hoje fui eu lindo, leve e loiríssimo publicar o classificado na seção de classificados do jornal A Tarde, só que o moçinho que trabalha lá disse que "não havia nexo publicar este classificado, pois ele não se enquadrava em nenhuma seção do jornal. Eu, de lindo, leve e loiro liguei minha veia Paris Hilton surtada depois de muito padê (como o link mostra, não é um inofensivo padê de exu) por 15 segundos, o que fez ele conversar com o chefe dele por uns 5 minutos e o resultado: Não posso publicar o classificado. Respirei e agradeci como o gentleman que sou e fui desestressar comendo um subway de 30 centimetros com meio litro de coca. Eles me orientaram a ir no próprio A Tarde e falar com alguém da redação, e lá fui eu. Cheguei na recepção e expliquei o caso pra moça. Ela falou com alguém do caderno de cultura e me passou os contatos do rapaz. Deixei um bilhetinho roots pra ele e corri pra casa pra mandar um email decente e profissional para o rapaz, mas me esqueci de ligar pra ele, pois tive outros compromissos hoje.

Resultado: Amanhã repitirei o que fiz semana passada e hoje gastarei horas de sono preciosas trabalhando

quinta-feira, 1 de abril de 2010

A carta - Primeira Edição

Olá

Hoje foram mandadas 5 cartas via correio e foram distribuídas 38 cartas aleatoriamente em cadeiras da sala do coro do teatro Castro Alves. Abaixo segue o texto delas.

Olá

Não nos conhecemos (eu acho). Me chamo Fernando Lopes, sou dançarino e a algum tempo tenho parado para refletir sobre o que é dança e o que não é e gostaria de compartilhar algumas dúvidas e crises que tenho sobre a dança com um alguém.

Você querido desconhecido algum dia já parou pra refletir sobre a possibilidade de que ler esta carta pode ser dança? Ou sobre a possibilidade de qualquer ato que você fez, deixou de fazer ou fará poder ser dança e você ser um dançarino no mundo?
Esta carta pode não ser dança? Eu posso considerara a grafia desta carta uma dança, ou uma coreografia (coreo = dança e grafia = escrita, logo, coreografia é escrita da dança). Será que você, leitor, ao lê-la, pode não estar dançando?

Esta carta e uma série de outras ações estão sendo feita com apoio financeiro da Fundação Cultural do Estado da Bahia, entidade vinculada à Secretaria de Cultura do Estado Bahia, ou seja, com dinheiro público, e com uma verba destinada a fomentar práticas artísticas de dança. Este projeto foi selecionado dentre diversos outros por profissionais reconhecidos na área, validando esta ação como uma ação de dança, mas eu mesmo me pergunto, será que isto pode não ser dança?

Será que pagar dança pode não ser dança?

Será que escolhas políticas podem não serem danças?

Será que não se movimentar pode não ser dança?

Será que o que você verá ou viu a pouco pode não ser dança ?

Será que é necessário um grupo de pessoas que se diz da dança dizer o que pode e o que pode não ser dança hoje?

Será que algo no mundo pode não ser dança?

Será que sua escolha ao terminar de ler a carta de respondê-la ou jogá-la no lixo ou qualquer outra ação pode não ser uma ação extremamente relacionada á dança ?

Grato pela atenção

P.S: Caso deseje respodner essa carta, você pode mandar sua resposta para o endereço do remetente ou pelo email issopodenaoserdanca@gmail.com. Se preferir escrever uma carta, o correio oferece a opção “carta social” onde você pagará apenas um centavo para enviá-la, informe no caixa.
P.S. 2: Se ficou curioso, acesse o blog do trabalho http://issopodenaoserdanca.blogspot.com/
P.S.3: Desculpe não escrever esta carta a mão, mas ela será enviada para no mínimo mais 100 pessoas. Caso haja uma resposta, responderei com muito gosto de próprio punho


Por enquanto esta é a versão de base, com certeza ela mudará. Assim que isto ocorrer, coloco aqui

Abraços

Opinião - Rico Oliveira

Olá a todos

Recebi um depoimento de Rico Oliveira via orkut após ler uma das cartas do meu trabalho gostaria de compartilhá-lo com os leitores daqui. Ele tem o blog também, que pode ser acessado clicando aqui

A carta pode ser lida aqui

Se isso pode ou não ser dança não saberia te dizer. Talvez poucos saibam. Agora que tu é um marqueteiro da porra e um tanto cara de pau. Disso não tenho dúvidas. E gostei. Pq sua frase me provoca um certo desconforto. E reflete em algo que sempre me pergunto. Isso pode não ser arte? Isso pode não ser música? E até filosoficamente, isso pode não ser nada???
Um cara que lança mão de marketing de guerrilha, que prega mensagem em tampa de vaso sanitário, merece o minimo de atenção. Quem é Fernando Lopes? Nem você ainda sabe. Mas aposto que se continuar assim, será um grande nome. Vá em frente velho, meta as caras, perturbe e dance. Isso pode não ser dança, mas é um "sacode" sutil no meio artistico. Talvez você faça a diferença, não por ser um dia um grande dançarino (que seja). Mas porque começa provocando um pensamento. Isso pode não ser dança, mas para mim foi uma jogada inteligente para aparecer. Num mundo onde a assinatura vale mais que a obra. Estás no caminho certo.
Um abraço.
That´s all folks, irei responder nos comentários e...